8 de jul. de 2009

Conversinha do ônibus

AGORA NÃO:
- Estou lendo Jornal;
- Estou ouvindo minha música preferida no MP3 ou MP4;
- Estou falando ao telefone;
- Estou assistindo TV no meu celular.
(o gerúndio foi proposital para dar uma sensação de continuidade)



Para encontrar essas negativas não é necessário ir muito longe, basta pegar um ônibus. No trajeto casa-trabalho, às 6h30 da matina, percebi que muitas pessoas estavam ocupadas com tantas coisas que não se falava.

As únicas palavras que escutei no coletivo foram:
- Me empresta o caderno de esporte.

A exceção aconteceu -uso essa palavra porque foi um acontecimento- a morte do chamado “Rei do Pop”, Michael Jackson provocou um repentino debate no coletivo. Mas isso é muito raro, pois nem uma derrota do Flamengo de goleada para o Vasco provoca essa reação. E olha que estamos no Rio de Janeiro.

Mas o fato é que as relações pessoas estão se deteriorando. As pessoas não se falam como antes, não dizem bom dia, tarde ou noite. No interior, elas ainda se cumprimentam, mas nas grandes cidades é quase impossível.

Muitas pessoas se perguntam até que ponto às tecnologias colaboram para o conforto do ser humano, mas é necessário também pensar ao contrário. A internet, por exemplo, ajuda as pessoas a conhecerem outras e possibilita o encontro de antigos amigos. Mas, faz com que muitas pessoas deixem de “viver”.

A TV é outro exemplo disso. Muitas famílias perderam o diálogo, por causa da TV. Deixaram de almoçar ou jantar com os integrantes da família para comer na sala assistindo Caminho das Índias.

Minha proposta é a seguinte: assim que ler esse texto repare seu comportamento ou de alguém. Veja se esse indivíduo passa horas na net, se deixa de almoçar com a família para ver TV e principalmente tente conversar no ônibus.

Nenhum comentário:

Postar um comentário